segunda-feira, 27 de julho de 2015

20 Anos de Pocahontas

Wingapo pessoas!                                               Wingapo = Olá
Há vinte anos (1995) estreava o filme Pocahontas, um dos melhores clássicos que a Disney já produziu, mas tem um tema e uma mensagem tão bons que chegam a ser atuais.


O filme fala sobre o romance proibido de Pocahontas (uma índia norte-americana) com John Smith (capitão inglês). Tudo começa quando um navio parte da Inglaterra para encontrar um Novo Mundo, explorá-lo e encontrar ouro, tudo sendo bancada pelo governador Ratcliffe, que tem uma obsessão em se tornar rico e poderoso.

Agora hora da aula de história!
Pra quem não sabe, Pocahontas realmente existiu. Sério. Ela nasceu em 1595 e viveu onde hoje é a Virgínia, EUA. Assim como no filme, ela era filha do líder da maioria das tribos da região e salvou a vida de John Smith, que seria executado pelo seu pai, mas os dois nunca chegaram a se apaixonar.

Na verdade, Smith era um homem de meia-idade e Pocahontas uma menininha de uns 11 anos que convenceu o pai de que se o matassem atrairiam a raiva dos colonos. Pocahontas ficou conhecida como "boa índia" por ter salvo a vida de um homem branco e Smith se tornou seu tutor nos costumes e língua inglesa, mas em 1609 teve que voltar para a Inglaterra por causa de um acidente com pólvora. Os colonos porém, disseram à Pocahontas que Smith tinha morrido.


Em 1612, com 17 anos, Pocahontas foi presa pelos ingleses durante uma visita social e ficou na prisão de Jamestown por um ano. Nisso, ela chamou atenção de John Rolfe (um comerciante de tabaco inglês) que ofereceu libertá-la se eles se casassem. Ela aceitou, mas ficou mais um ano presa, só que era tratada como um membro da corte. Pocahontas aprimorou seu inglês e aprendeu sobre o cristianismo, chegando até a se batizar e mudou seu nome para Rebecca. Pouco depois ela teve seu primeiro filho, Thomas.

Em 1616, Pocahontas descobriu que John Smith ainda estava vivo, mas eles só se reencontraram no ano seguinte, quando ela ficou desapontada por ele não ter ajudado a manter a paz entre os colonos e sua tribo. Um tempo depois, Pocahontas e Rolfe decidiram voltar para a Virgínia, onde uma doença (provavelmente varíola) os obrigou a voltar pra Inglaterra, mas chegando lá, Pocahontas falece.


Depois de sua morte foram escritos vários romances sobre ela, na maioria mostrando Pocahontas e John Smith apaixonados e John Rolfe como o vilão que separou os dois e a forçou a se casar.

Agora voltando pro filme!
Na época do lançamento, a tribo descendente da Pocahontas real não aceitou nada a adaptação cinematográfica e disseram que a Disney não demonstrou corretamente como é a cultura da tribo, que fizeram uma versão distorcida da história original e que o estúdio não aceitou a oferta deles para ajudar nas questões culturais e históricas.

" Sinceramente, não acho que eles deviam ter rejeitado de tal forma o longa, afinal a história é baseada na maioria dos romances e lendas contadas sobre Pocahontas. Pelo contrário, deviam ter ficado orgulhosos pela Pocahontas linda, jovem e de espírito livre que a Disney construiu. É claro que, para um filme infantil, eles não iriam fazer uma história sobre uma menininha que salva um colono explorador, é presa, obrigada a se casar na Inglaterra e depois morre de varíola".

Apesar disso, eu acho que Pocahontas tem uma pegada adulta comparada aos outros filmes da Disney. Depois do sucesso estrondoso de A Bela e a Fera, que se tornou a primeira animação a concorrer ao Oscar de Melhor Filme, os produtores quiseram repetir o sucesso e levar o prêmio.

Foi aí que começaram os cortes e modificações do roteiro. O filme teria animais falantes, assim como na maioria dos clássicos Disney, mas acabaram sendo retirados, incluindo o mascote inicial (um peru), e ficaram no lugar animais comuns (mas ainda muito fofos!).

O humor do filme ficou nos ombros dos próprios animais (Percy, Meeko e Flit), que mesmo sem falar conseguem arrancar boas risadas, e da Vovó Willow, um espírito da árvore que é a grande conselheira da Pocahontas.

 
Agora vamos falar da nossa linda protagonista.
Com a decisão dos produtores em fazer o filme um pouco mais adulto, a heroína ganhou traços de sensualidade, mas o que chama mais atenção é o seu cabelo. Ele se tornou praticamente um ícone. Às vezes até parece que tem vida própria! A personalidade dela segue a linha das princesas da década de 90, com o sentimento de liberdade, espírito livre e curiosidade aguçada.

Acho que o final do filme define a personalidade da Pocahontas. Aquela é a sua terra, seu lar, seu povo, ela não iria simplesmente deixar tudo para trás. Como disse antes, ela é um espírito livre, não poderia ser domada indo pra longe para viver num lugar desconhecido. Claro que ela faz isso no segundo filme, mas aí são outras circunstâncias.


"Pocahontas" é um filme que fala sobre natureza, liberdade, luta contra o preconceito e a ignorância, desigualdade e falta de diálogo.

Agora, para quem não assistiu ainda, corre faça logo isso, porque está perdendo. Aqui me despeço com outra saudação indígena, assim como no começo do post. Ana!                                 Ana = Adeus

Pane

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