Como eu fiquei com raiva da minha mãe, que não me deixou ir no Shopping El Dourado. Por quê? Simples. Buddy Valastro está no Brasil e fez uma apresentação no shopping esta tarde, que fez com que a Marginal Pinheiros ficasse totalmente TRAVADA.
Cake Boss é uma série de TV, estilo reality show culinário. O programa mostra o dia-a-dia de Buddy com sua mãe, quatro irmãs, três cunhados, quatro filhos, esposa e outros membros da família. Juntos, eles comandam a Carlo's Bakery (Hoboken, Nova Jersey) onde o destaque são os bolos MAGNÂNIMOS que fazem lá.
Antes de chegar à cidade, ele deu sua expectativa da primeira visita ao Brasil e diz que quer muito encontrar o público, de quem recebe muitas mensagens via Twitter (morram de invejas gringos, os famosos preferem os brasuca mano! hehehehehe).
Sua família sempre está presente nos seus programas de TV e acompanha muito o seu trabalho. Eles costumam te acompanhar em viagens?
Sim, isso apenas depende de onde estou indo e o que irei fazer. A família é uma parte muito importante da minha vida e se posso experimentar um pouco do mundo, ninguém melhor para acompanhar do que meus familiares
Essa é a sua primeira visita ao Brasil?
É sim e eu estou muito animado para circular por aí e encontrar os meus fãs. Recebo muitas mensagens pelo Twitter e outras redes sociais dos brasileiros. Será ótimo encontrar essas pessoas incríveis e ver esse belo país.
Onde no mundo você abriria uma unidade da Carlo’s Bakery?
Neste momento o foco é os Estados Unidos, mas eu definitivamente gostaria de atuar internacionalmente.
Espero que sim e que aprendam a trabalhar de forma ética. Porém, quero que façam o que os faça felizes. Eles devem aprender o que é trabalhar e o que trabalho duro significa.
Pergunta engraçada. Depende para quem você perguntar: para mim ou para minha esposa. Eu estou sempre trabalhar. Mesmo quando não estou trabalhando, eu estou! Em média são até quinze horas por dia de cinco a seis dias por semana.
Quem toma conta da confeitaria enquanto você viaja?
Eu tenho muitos membros da minha família administrando áreas da Carlo’s Bakery. Mas mesmo quando eu estou viajando, permaneço em contato com eles, via telefone.
Como suas aparições na TV alavancaram seus negócios?
Certamente. Somos uma empresa global agora e isso não seria possível sem a TV. Antes eu tinha setenta funcionário e agora são 700.
Você se considera uma celebridade?
Não. Fico lisonjeado quando as pessoas querem tirar fotos comigo ou dar um olá quando me encontram. Muitas celebridades odeiam isso, mas eu amo. Sou um cara normal.
Quantas pessoas vão à confeitaria diariamente?
Tenho sete unidades abertas e juntas elas recebem de 15 000 a 25 000 pessoas por dia.
Você faz seus bolos com fondant. Há algo impossível de fazer com fondant?
Não é uma questão de ser impossível, mas há bolos que ficam melhores com uma técnica ou outra. Sempre depende do projeto.
(Sim, esse é o maior bolo do mundo. No tamanho de um carro de corrida)
Você já provou brigadeiro? É um doce brasileiro feito de chocolate…
Ainda não, mas ouvi falar. Como estou indo ao Brasil, é o melhor lugar para experimentar esse doce.
Você tem algum prato brasileiro favorito ou quer provar algo por aqui?
Não saio daqui sem ir a uma churrascaria.
Qual foi o seu melhor bolo e o maior desastre?
O maior desastre foi o bolo carrossel, que se espalhou pelo caminhão de entrega e não havia meio de segurá-lo no lugar. O melhor foi o inspirado no Transformers.
Que tipo de bolo você faria para homenagear o Brasil?
Eu me inspiraria no Carnaval. Adoraria ir ao Carnaval algum dia e fazer uma grande obra inspirada na festa.
A visita de Buddy pareceu um furacão no Shopping Eldorado. O tumulto começou no início da tarde, quando o estacionamento teve que ser fechado por excesso de veículos. Muita gente circulava pelos corredores, então algumas lojas decidiram fechar com medo de ter alguma confusão.
A apresentação começou pontualmente no horário, às 16h. Mas, teve que ser encerrada cinquenta minutos depois de começar por causa do tumulto. O público de 1 000 pessoas se acotovelava e se empurrava na área fechada para o evento, mas muito mais gente assistia tudo das escadas e dos pisos de cima
Pouco antes dele sair, a plateia balançava as grades, que tinham de ser seguradas por seguranças. Alguns conseguiram invadir o palco, como a garotinha de 10anos Vitoria Jesus Lima, que foi com a mãe e conseguiu dar um abraço no confeiteiro. Depois, chorava e repetia “eu amo ele”.
Outros passaram mal e tiveram que sair do lugar.
No palco, ele contou sua história, fez uma chamada em vídeo para sua esposa e mostrou tudo no telão (melhor marido ever), confeitou um bolo e promoveu uma guerra de confeiteiros entre duas pessoas da plateia.
“No começo eu não gostava dele, mas depois fui vendo que ele é muito dedicado e um grande líder e passei a admirá-lo”, disse seu dublador Wendel Bezerra
Apenas 250 pessoas conseguiram pegar a pulseirinha dos bastidores para tirar uma foto com o Cake Boss e tiveram de dormir na fila pra isso. A primeira a entrar foi Tarin Almeida, de 31 anos, que veio do Rio de Janeiro de avião só pra ver o cara pessoalmente.
O policial Roger Marques Figueiredo, de 41 anos, chegou no domingo, às 6h da manhã com a filha Sophia, de 6 anos, e ainda assim não garantiu lugar pra entrar no evento. “Houve uma confusão e a fila mudou de lado, acabei perdendo meu lugar”.
Verônica Kede, de 21 anos, veio do Rio de Janeiro de carro com quatro pessoas. Queria entregar ao confeiteiro uma pintura feita com aerografia (conectado um compressor de ar e e um aerógrafo - instrumento feito pra isso mesmo-, as pinturas surgem através da pressão do ar, criando jatos de tintas). Perdeu a viagem. Apesar de não ter conseguido sequer entrar no shopping, deixou sua obra com uma assessora que prometeu entregar.
Foi registrada muita lentidão na Marginal Pinheiros.
O trânsito começou às 14h, quando muitos motoristas iam pro shopping. O problema ficou sério perto das 15h, quando faltava apenas 1h pra apresentação. A CET precisou fechar a Rua Bento Frias, em Pinheiros, e os motoristas que tentaram ir para o Eldorado precisaram fazer o retorno na Ponte Cidade Jardim.
A lentidão na Marginal Pinheiros às 18h era de 12 quilômetros.
Pane
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